A Caixa Econômica Federal em parceria com o Sebrae, lançou nesta segunda-feira (20), uma linha especial de crédito de R$ 7,5 bilhões para micro e pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, além de microempreendedores individuais (MEIs).
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É mais uma medida do governo para reduzir os impactos econômicos da pandemia de coronavírus, mas pequenos empresários se queixam dos obstáculos e da demora na análise de pedidos de financiamento nos bancos.
Para facilitar a concessão do crédito, a Caixa terá a garantia do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) do Sebrae para cobrir parte da inadimplência. O volume de crédito anunciado pela Caixa ficou abaixo da expectativa do Sebrae, que esperava R$ 12 bilhões.
As condições também foram recebidas com ceticismo por pequenos empresários, que têm se queixado de dificuldades para acessar linhas de crédito mais baratas nos bancos porque são considerados clientes de alto risco.
Caixa divulga que juros caíram até 40%
As taxas de juros na nova modalidade anunciada por Caixa e Sebrae variam entre 1,19% e 1,59% ao mês, com carência e prazo de pagamento de 24 meses a 36 meses.
O valor do empréstimo vai depender do porte da empresa: será de até R$ 12.500 para microempreendedores individuais; de até R$ 75 mil para microempresas e de até R$ 125 mil para pequenas empresas. Sócios com o nome negativado não terão acesso à nova linha.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, diz que os juros serão reduzidos em até 40% na nova linha, em comparação com as taxas atuais, por causa do uso do fundo de aval do Sebrae. O Sebrae dará assistência aos interessados na negociação com a Caixa.
Segundo o Sebrae Nacional, o diferencial da nova linha de crédito é justamente ajudar os pequenos empresários a superarem as exigências dos bancos. A instituição acredita que a garantia do Fampe) e o acompanhamento do Sebrae poderá agilizar a concessão do crédito.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, admitiu que os R$ 7,5 bilhões da nova linha de crédito ainda não são suficientes para atender o segmento de pequenas empresas, que enfrenta escassez de financiamento em meio à pandemia.
“Um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios a crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos pequenos negócios, incluindo até o microempreendedor individual, obterem os recursos para capital de giro, tão necessários para atravessarem a crise provocada pela pandemia do coronavírus, mantendo os negócios e os empregos”, afirmou Melles, em nota.